Sobre o Programa CsF




O Programa Ciência sem Fronteiras foi criado em julho de 2011, na vigência do Governo Dilma para auxiliar no desenvolvimento do país através de bolsas de estudo para iniciações científicas e pesquisa no exterior.
Há uma meta estipulada pelo governo de atingir 101 mil bolsas (mais de 60% só para Graduação Sanduíche), até 2014, de diversas modalidades do Ensino Superior para mais de 20 países ao redor do mundo, em todos os continentes do planeta.


No site do Ciência sem Fronteiras, você encontra a seguinte descrição:
Ciência sem Fronteiras é um programa que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.

O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no Programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.


Mais especificamente, hoje, em 2013, depois do programa ter se consolidado, passado por diversas adaptações, muitas vezes conturbadas e que prejudicaram incontáveis alunos, o programa tem a seguinte estrutura, para o caso de Graduação Sanduíche (SWG): 1 ano (2 semestres) de estudos na universidade de destino, sendo os últimos 3 meses de experiência prática, tanto pode ser em projetos de pesquisa na própria Instituição, como em estágios na área da indústria e empresas. Depende da sua universidade estrangeira.

O processo seletivo, apesar de ser fácil de ser aprovado, é muito conturbado, de certo modo ainda um pouco desorganizado por parte do governo brasileiro (que ainda parece estar se adaptando à administração de milhares de alunos por edital [são dois por ano]) e cheio de burocracias, o que demanda do candidato atenção aos processos, atenção quanto a todas as etapas, e paciência, muita paciência, pois o processo é longo e requer muito tempo de espera.

Vou dividir o processo em três fases, para facilitar a explicação e montar uma linha do tempo mental mais organizada:


1ª fase - Homologação da sua IES (Inscrição no Portal do CsF)

A primeira etapa consiste em duas subetapas que devem ser feitas ao mesmo tempo. Uma complementa a outra e o cumprimento de uma deve ser comprovado a outra para as duas serem válidas. Vou explicar melhor:
Você precisa se inscrever no portal do CsF, o site oficial do programa, do próprio governo. Os editais abertos estarão indicados no menu, e é de fácil acesso. Você se inscreve na plataforma que, de acordo com o país escolhido, será da CAPES ou do CNPq, os dois órgãos de fomento responsáveis por ministrar as bolsas aos alunos bolsistas. Você vai precisar do comprovante de proficiência na língua requerida pelo país, histórico escolar completo do seu curso, passaporte, entre outros documentos. Há flexibilidade quanto aos documentos que você pode, ainda, não ter tirado.

Leia sempre muito bem os editais, mais de uma vez, pois lá tem todos os documentos que você vai precisar nesse e nas próximas etapas.

Feito essa etapa, você deve se inscrever na sua universidade brasileira. Cada universidade também tem seu edital do CsF, com os requisitos requeridos por cada uma, para aceitar o aluno ou não a fazer um intercâmbio. Você deve procurar seu coordenador de curso, ou, na maioria dos casos, o Setor de Relações Internationais da sua faculdade, que é lá onde vão saber te informar. Você deve submeter a documentação para homologação também lá, e muitas pedem comprovante de inscrição na plataforma do Governo.
Feito isso, a sua universidade entrará em contato com o CNPq / CAPES para verificar se sua inscrição foi feita corretamente lá. E vai, no caso positivo, passar a verificar sua documentação entregue a eles. Se aprovado, a comunicação do aceite (homologação da universidade) é repassada aos órgãos, que atualizam no sistema que a primeira etapa está concluída e o aluno, aprovado. A aprovação do aluno nessa etapa é chamada de "pré-seleção".

Nessa fase, a universidade avalia seu rendimento acadêmico e o tempo de curso (que deve ser entre 20% e 90% concluídos), basicamente. Enquanto os órgãos federais avaliam se seu inglês é mínimo para o programa, se seu curso é coberto pelas bolsas do CsF (cursos de Humanas estão de fora, infelizmente, e alguns poucos da área de Biológicas), se sua inscrição foi homologada pela sua Universidade, e por fim, depois de ranquearem os alunos, verificam se o número de vagas a que estão dispostos a oferecer bolsa engloba todos os alunos aprovados nessa fase. Até hoje, no edital do Reino Unido, por exemplo, o número de alunos elegíveis (que cumprem todos os requisitos nessa etapa) passou o número de vagas disponíveis, o que exclui a necessidade de ranquear os alunos conforme suas notas no ENEM, experiência em Iniciação Científica, premiações em Olimpíadas, etc, pois são fatores extras para o caso de desempate.

Feito isso, o parceiro do país que você escolheu é comunicado da sua aprovação, e entrará em contato com você, provavelmente no idioma deles, com as instruções sobre aplicação para as universidades do país de destino.

No caso dos Estados Unidos, o processo é um pouco diferente, e tem um tempo diferente, também. Fique atento aos prazos e as documentações complementares, como cartas de recomendação, formulários, etc.

Essa é, na minha opinião, a etapa que mais reprova gente. Depois disso, o objetivo dos parceiros de cada país é alocarem o aluno em alguma universidade, pois ele já foi aprovado como aluno de excelência e já foi "passada a peneira" no número de candidaturas, sendo todas possivelmente cobertas pelas bolsas do Governo. Para o parceiro, cada aluno aprovado com bolsa para as universidades de seu país gera renda extra - o que se resume no fato de que as universidades estrangeiras querem mais alunos do Ciência sem Fronteiras que quaisquer outros intercambistas particulares, pois são garantia de mensalidades pagas em dia e alunos muito bem selecionados que provavelmente não trarão problemas a eles.


2ª fase - Aprovação pela Universidade Estrangeira

Feito o cadastro na plataforma do parceiro estrangeiro, escolhendo suas opções de universidades e cursos a cursas lá fora, o processo, que demora algumas semanas, de aceitação e alocação dos alunos nas universidades, levando em conta o histórico acadêmico, (principalmente) a proficiência no Inglês, o curso escolhido (que deve ser semelhante ao curso de origem) e a sua opção preferida, o parceiro comunica a oferta de alguma instituição ao futuro bolsista.
Esse bolsista tem o prazo de 48h para aceitar a oferta na faculdade, não sendo permitida a troca de universidade / curso / ambos sem uma boa justificativa.

Passada a etapa de aprovações e aceite das ofertas, a alocação do aluno é comunicada, novamente, aos órgãos brasileiros responsáveis pelas bolsas (CNPq ou CAPES). E essa é a terceira e última fase.


3ª fase - Deferimento da Bolsa
O deferimento (aceite e concessão da bolsa) é a etapa final, e a certeza de que o aluno foi aprovado e que vai poder embarcar para o CsF, totalmente coberto financeiramente pelo governo.

Para ser aprovado nessa etapa, tudo que o aluno precisa é ter sido pré-selecionado (homologado pela instituição do Brasil e aceito como aluno elegível pelo CNPQ ou pela CAPES) e ter recebido uma oferta na Instituição Estrangeira e ter aceito.

A candidatura do aluno passa a ser Homologada e Deferida pelo Governo Federal e a bolsa, implementada.
Todo o apoio é dado ao novo bolsista, com PDFs explicativos e diversos formulários a preencher com seus dados para o Governo te mapear pelo mundo, saber quem contactar em casos emergenciais, para onde mandar o dinheiro da sua bolsa com segurança, e tudo mais.

Uma vez aprovado, leia a Cartilha de Apoio ao Estudante no Exterior, junto com milhões de PDFs que tanto sua universidade estrangeira, como o Governo Brasileiro vai te mandar.


Bom, é isso. O CsF é um programa fantástico que dá a oportunidade de milhares de alunos cursarem um ano de seus cursos em universidades de excelência do mundo inteiro, abre portas e enrique currículos de futuros profissionais somente pela experiência que é morar, viver, estudar e se tornar fluente na língua do país escolhido.

É também um programa extremamente flexível e aberto ao aluno tirar dele o proveito que ele achar mais válido. Você pode ir para o Ciência sem Fronteiras e simplesmente "viajar sem fronteiras", aprimorar línguas diferentes, tudo menos estudar seu curso no exterior. Como pode meter a cara nos livros, e não olhar para fora da janela, contemplar os Museus, pontos turísticos e monumentos da Europa, da Oceania, da Ásia, da África e das Américas.
Por isso, uma experiência ponderada é o ideal para acumular conhecimentos de todas as vertentes e fazer jus ao nome do Programa que diz SEM FRONTEIRAS!

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